quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Viagem de Ano Novo, Avaré / Carlópolis - Parte II

Olá!

Eis que estou novamente aqui. Afinal, comecei os relatos, hei de terminá-los! (terá ainda uma "Parte III") - tenho que aprender a resumir as coisas, e escrever tudo num post só, assim não canso a vocês que leem o "Fossa na Estrada", hehe

No primeiro dia deste ano, acordei às 12h da madrugada (na verdade a Sara quem bateu na porta, hehe), dado que as atividades na casa do Juninho já deveriam ter começado. Nos preparamos, comemos o melhor pernil do mundo - feito pelo pai da Sara (que negócio gostoso da p.!), e fomos no Juninho... Minha nossa ! Como tinha gente naquela casa! E tudo gente boa! Eles fizeram um amigo secreto que poutz, nunca vi tanta gente participar desta brincadeira na minha vida! (confesso que além de unidos, eles tem uma organização incrível! hehe). Nessa tarde, aconteceu algo que muito me deixou feliz, e me fez pensar um monte. Numa das brincadeiras, a Sara organizou uma, em que havia um só presente, e que se repassava-o àquele que tinha uma determinada qualidade - ex. pessoa de muita fé, inspiradora, inteligente, bonita... . E eu tava lá de boa, tirando fotos, quando veio a qualidade de pessoa "amiga", e a tia Gina, que estava com o presente em mãos, e imediatamente me repassou. Nossa, como fiquei confuso / feliz naquele momento!

Bem, mas como sempre falo, se não tiver algo dolorido em minha vida, é porque não aconteceu, é uma mentira, ilusão, ou o que seja! haha. O Juninho e a Sara, desde que nos conhecemos, falavam muito da famigerada esfirra de Avaré, pois em lugar nenhum havia esfirras como as esfirras de Avaré. As esfirras de Avaré eram as mais gostosas, as maiores, as mais diversificadas e ainda as mais baratas! Eu muito estava curioso e ansioso pra degustar as esfirras de Avaré, então resolvemos ir comer as esfirras de Avaré. No dia 1-jan, todas as esfirrarias da cidade estavam fechadas, até que achamos uma que estava aberta, de nome "Santa Esfirra", e lá entramos. Bom, o cardápio realmente faz jus ao que tanto me falaram (segue a foto abaixo)
(detalhe, ainda tinha o "outro lado")

Mas logo veio a parte dolorida - a esfirra sairia em 40 min. "Uma esfirra sair em 40 min? No Habbib´s sai em 40 s!" Mas tudo bem, afinal, era a única que estava aberta, e eu planeara regressar no dia seguinte. E 40 min depois nada... 1:20h nada.... Resolvemos falar com o gerente. Em 10 min. sairia.... nada. + 10... e nada! Chegou ao cúmulo do gerente se esconder de nós, e na verdade só esperamos esse tempo por conta do filho da tia Gina, que muito estava com fome. Acabou que pegamos uma esfirra X qualquer, só para a criança mesmo, que já estava chorando de fome, e fomos embora sem o nosso pedido - com fome e irritados.

Também sai desiludido, pois não comeria as esfirras de Avaré! Mas São Pedro ajudou nesse quesito, dado que no dia seguinte, na hora que eu pretendia viajar, recebo um telefonema da minha amiga em Carlópolis, dizendo que no PR estava chovendo muito. Então minha estadia em Avaré foi prolongada, e pude finalmente comer as esfirras de Avaré! Comi 7 esfirras - de bacon com parmegiana, de pernil com num sei o que, de baiana, de carne seca...e nunca pensei que a melhor de todas foi a "esfirra portuguesa"! (sim sim, como a pizza!)

Mas o melhor nesse dia foi o final dele, que foi inesperado. A tia Gina, que também nos acompanhou na esfirraria (dessa vez o filho dela deleitou-se em esfirras, hehe), nos convidou pra bater um papo na casa dela. Lá chegando, ela foi muitíssimo bem receptiva, e o Jorge, marido dela, estava lá. E conversa vai, conversa vem, até que chega o ápice da conversa: Cerveja e Cachaça! Logo foi me servindo um copo de cerveja, e indo pegar as "n" garrafas de canas preparadas que ele tinha em casa! aaaaaaaaaahhhhhhhhhhh que ALEGRIA! Era boa conversa, e uma lapada de cana. Uma cervejinha e tome mais cana! Vai mais uma preparada que tá na garrafa desde 1997! Tome mais essa que trouxe de num sei aonde! E vai mais outra da "reserva pessoal" (um barrilzinho de carvalho). Que noite! Cachaça + boa companhia + excelente conversa, que mais eu necessitaria?

 Segue abaixo algumas fotos desses dias em Avaré!

D. Maria (anfitriã incrível, e mãe do Juninho nas horas vagas, hehe), eu, Juninho e a Sara.






(vai quebrar a concorrência de "1,99"!!!)



Essa é a esfirra de Avaré, mas não sei porque, tinham 20 esfirras difrentes na mesa, por que eu tenho que tirar a foto da mais simples??? #dor #fossa #creolina



Acabou a noite, e no outro dia rumei de volta ao Paraná, rumo à Carlópolis... Mas deixarei pra relatar a parte final de minha viagem uma próxima vez (repetindo, não quero deixar os posts muito longos!)

Até a próxima!

Música do Dia: 
Black Strobe - I´m a Man (http://www.youtube.com/watch?v=LbPRGDwlfqs)


sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Viagem de Ano Novo, Avaré / Carlópolis - Parte I

Olá a todos!

Nossa, foram tão, mas tão intensos esses dias, que nem sei por onde começar! Esse será daqueles posts em que estou com receio de esquecer de alguma coisa enquanto escrevo, pois vão aparecendo tantas coisas em minha cabeça ao mesmo tempo, mais do que a minha capacidade de escrevê-las, que acaba por passar por algo, mas nada posso fazer! Os relatos de hoje serão referentes ao dia 31-dez.

Bem, tudo começou a muito muito tempo atrás, quando recebi um convite de um grande e ilustre amigo, o Juninho, pra ir com ele pra Avaré/SP. Sempre devido as circunstâncias, nunca fui. Mas esse ano novo, sendo o meu último aqui morando no Paraná, resolvo então ir pra lá.

Saio daqui de Londrina ao meio dia do 31-dez, com muita expectativa, por dois fatores: primeiro que iria cruzar a fronteira do estado (iria conhecer novos caminhos, passar por novas cidades), e o outro era, que no decorrer dos aproximadamente 280km de estrada, eu iria cruzar a represa de Jurumirim (é bem legal o monte de água que tem no mapa! podem ver no link do recorrido mais abaixo). Estava muito nublado, mas o climatempo dizia que não iria chover... e LONDRINA. Pqp!!! Posso lhes dizer que, nas 4 horas em que passei na estrada, eu vi e senti as 4 estações do ano! Sol de escaldar, sem nuvens no céu, ou com nuvens no céu, ou totalmente nublado, ou com garôa, ou com chuva parada de pingos grosso, com chuva de vento, tudo o que vocês podem imaginar, e não necessariamente nessa ordem. Com isso, aprendi a olhar o clima que se deve olhar o clima em tudo que é canto em que se for passar!

Bem, voltando um pouco, é curioso o quanto a passagem muda quando se cruza a fronteira dos dois estados. A paisagem muda - esta passa a ter uns bambuzais gigantes na enconsta (eu pirava nos bambuzais, parei até pra tirar fotos daquilo), e plantações de eucalipto. E a outra que muda drasticamente é a pista: esta passa a ter muitas pontes, menos ladeiras e muita reta... Até quando tirei as fotos abaixo, eu estava feliz com isso... mas bastaram uns 10/15km pra eu voltar a sentir falta do Paraná. Que pista mal cuidada é o trecho entre Ourinhos e Piraju! Mas enfim, como as coisas acontecem comigo, se não doesse e gerasse fossa, então não prestava! hauhauhauhuaha.




Ah! Antes de começar a falar sobre a chegada em Avaré, não posso deixar de descrever a emoção que foi cruzar aquele monte de água no mapa! Veeeeelho!!!! Foi incrível! No interim entre a última foto (que vocês podem perceber que estava nublado), e água do mapinha, fez um sol desgraçado. Na medida que ia me aproximando da água, começou o tempo a fechar e barulhos de trovôes, muitos trovões! Quando fiz a curva, que visualizei a ponte a frente, começou a chover fraco, mas ela ia piorando ao aproximar, e começa a ventar MUITO contra mim, e eu pensava: "caraa%#@%@%, tô fud#¨%#¨¨# se estiver assim na ponte! vou sai voando quando chgar lá!". Quando comecei a cruzar a ponte, do nada a temperatura cai drasticamente, e o mais louco de tudo, naquela chuva lá, eu olho a minha esquerda, e vi uma nuvem preta, mas realmente preta, que vinha do chão até o céu, e tapava a paisagem somente em certa parte de minha visão. Pqp! Parecia um tornado aquilo! Como eu suei frio! Era lindo e assustador ao mesmo tempo! Eu no meio da ponte, olhando praquilo, com medo do car#%W$#% de que aquilo chegasse em mim. Foram os 2 minutos mais atordoantes da viagem!

Mas enfim, uns 15 minutos depois, chego em Avaré... Que cidadezinha mais bacana! A maior parte da rua é com aqueles ladrilhos hexagonais (como aqules de algumas ruas lá do Cabo Branco), as ruas todas com sentido único, e as sinalizações de trânsito, em sua maior parte, ou é um farol, ou placas de pare ou de sentido obrigatório! E só! As outras eram excessões (vi uma de Dê a preferência, e umas de lombada). E lá eu fui pra casa da Sara. Cara, como é bom ser bem recebido depois de uma viagem, ser recepcionado com alegria e boa vontade, muitos sorrisos e boa conversa! A mãe da dela, é pura simpatia! (segue abaixo uma foto com a Sara e a mãe dela - tirada no dia 03-jan). Ser levado a cozinha e comer uma ótima refeição (nossa! o pai da Sara faz tudo gostoso -  a melhor lasanha do mundo, o melhor pernil do mundo, e o segundo melhor kibe do mundo, hehehe),  Como eu fiquei feliz com isso! E como quero retribuir tudo isso! Ficará para sempre, guardado com carinho na minha memória. Depois de descansar, fomos ver a São Silvestre de lá, onde a partida e chegada era na praça da igreja matriz. Aproveitei pra tirar algumas fotos!

Eu, a D. Fátima e a Sara!






Depois da corrida, descansamos e fomos pra casa do Juninho (que é namorado da Sara), para festejarmos o Ano Novo! Duas surpresas: não pensava que iria ser tão bem recebido como quanto fui na casa da Sara (achava que seria impossível), mas fui tão quanto! E a segunda era a quantidade de gente que tinha lá! Quem não conhecesse, diria que era uma festa de bairro! E pior, o Juninho logo disse que essa não era a principal festa, que esta seria no outro dia. Que lá não tinha "ninguém". Me encanei... "COMO NINGUÉM??? HUAEIHEAUHAEUI". E o mais engraçado, eu perguntava:
 - Mas eae, tem quantas pessoas a família de vocês?
 - 59! - diziam
 - Não, mas tem o pessoal de num sei aonde;
 - ih, verdade, então deve ter uns 74;
 - Não! É mais! Tas esquecendo de fulano, cicrano...
 - Ah, então é 81;
 - Isso tudo não! Deve ter uns 65;
 - Não não! É pra lá de 90! E olhe que num sei quem tá grávida de gêmeos... (e assim ia... não cheguei num número confiável);

Era tanta gente, fui apresentado a tantas pessoas diferentes na hora, que não sabia com quem lidar! Confesso que não aprendi o nome de quase nenhuma pessoa dali. Mas conversei com bastante gente - e percebi que estou ficando velho, pois eu mais conversava com os tios do que com os primos! ehiuaeuieaehauiehauaehuie. (e mais massa que a mãe do Juninho, a Maria, logo me ensinou o caminho do freezer com a cerva! aaahhh como foi maravilhoso! hehehe). Só pra vocês terem uma ideia, todo ano eles tiram a "Foto da Família", e eu tive a honra de tirar a desse ano (e ainda saí em uma!), Vou adiantá-la aqui pra vocês!


Mas como foi gostoso passar o Reveillon com eles. Mesmo sendo sozinho, mas naquele momento senti mais confortável!

Por hoje é isso! Os dias seguintes eu postarei outra hora! Não tenho fotos do Reveillon, pois como a Fernanda Eggers me rotulou, sou o "fotógrafo preguiçoso". E realmente, quantas fotos massa eu deixei de tirar nesses dias de viagem por conta de preguiça!

Rota de Viagem - http://goo.gl/maps/kwjod

Música do Dia:
Dropkick Murphys - I'm Shipping Up To Boston
 http://www.youtube.com/watch?v=Ldf7T6TlV-o

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Postagem de Natal

Olá!

(post construído com "presença" no chat da Renata Valentini - MT)
Tem um certo tempo que não passo por aqui... sinal de que havia um tempo que não levo Luciralda pra passear!

Mas bem, era Natal quando decidi que ia perambular por uns dias. Depois de cear algumas latinhas de cerveja, vendo "Um Natal muito, muito louco", vi que a coisa estava dolorida demais até pra mim. Então no outro dia fui me acolher em Apucarana, na casa da família do Artur, que posso lhes dizer que é como uma segunda família aqui no Paraná, além de bons amigos que lá eu tenho... aaahhh Apucarana, quanta genialidade. Já lhes contei histórias espetaculares de lá, e a respeito de lá (que terra genial!). Dessa vez só saquei uma imagem, no mínimo, de interpretação dúbia, antes de ir nadar no agrupamento dos bombeiros (pqp! tem hora que me surpreendo os lugares onde vou me meter, haha!). Segue a foto abaixo.

Enfim, fiquei por lá durante duas noites. No terceiro dia, fui visitar um grande amigo, meu "calouro" daqui do mestrado, o Ovídio (segue uma foto dele mais abaixo), morador de uma cidadezinha chamada Cambira, uns 15km de Apucarana. Faz muito tempo que ele me convida pra visitá-lo, e antecipo que me arrependo por não ter aceito o convite antes!

Bem, nos encontramos ainda em Apucarana, aonde ele trabalha (na EMATER - Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural), no horário de almoço. Nos juntamos com a Rosana e Rhuane - sua esposa e filha - que assim como o Ovídio, ambas de uma simpatia incrível! - E fomos almoçar. Não muito depois, ele nos convida (eu e a Rhuane), pra visitar um assentamento dos Sem Terra, no município de Arapongas. Logo me vem a cabeça que vou tomar uma cachaça boa da p.! Pois me lembro que certa vez Muller Alves Alencar trouxe uma preparada MASSA de um assentamento dos Sem Terra. Entretanto, me surpreendo lindamente! Que negócio organizado do c@$R$%#%$#!! Os lotes de terra tudo bonitinho, pessoal humilde, de coração aberto (paramos pra comer banana e pegar manga de uma das propriedades, e ouvir histórias do tempo em que aquilo era um acampamento... detalhes conto numa conversa de bar!). Mas o "muído" não era aí! Eles conseguiram montar um (me fugiu o nome), um lugar lá onde se fabricará queijo, empacotará leite, requeijão... e com recursos do BNDES!!! Achei incrível isso, dado que tal instituição só financia "projetos privados", e nunca uma cooperativa, e mais dos Sem Terra!

Depois da visita, rumamos a residência do Ovídio, para tomarmos banho, descansar um pouco e depois sair pra jantar. Na casa dele, passei por uma situação inusitada. Antes de tomar banho, recebo uma instrução bem simples da Rosana: "Dimitri, abra toda a água fria, que é da direita, e só um pouco da direita. Pois a água é muito quente. Demora um pouco mas esquenta.". Tudo bem, foram palavras simples,
Lá entro no box pra tomar banho, e fico encabulado com o chuveiro... QUE NEGÓCIO BACANA! O bicho era grandão, e só tinha quatro breguecezinho pra sair água!!! Era Sensacional o negócio! Mas bem, segui à risca as instruções dadas...  mas tudo tem que doer né?  nada da água esquentar. Então abri um pouco mais a da esquerda.... e nada! E começou a subir um cheiro de hortelã bacana! e eu sem entender... minha paciência encerrou e liguei o bicho até o final. PQP! Me arrependi amargamente! Que água quente da p.! eu diminuía lá o negócio, e nada da água esfriar. Desesperado, desliguei a água quente.... e nada da água esfriar! Desliguei tudo, e pensei "será que a água fria era da esquerda, e quente da direita???" Assim o fiz..... aaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!! Aquele negócio com cheiro de hortelã veio mais quente do que nunca! Eu já desesperado. desliguei tudo, liguei só o da direita, e levemente o da esquerda, e muito tempo depois, a coisa ficou melhor. E ah? o cheiro de hortelã? Vi depois que água tava batendo numa plantinha que tinha lá dentro (tomara que ela não tenha morrido com a água quente!).

Acontecido o feito do banheiro, fomos todos (eu, o Ovídio e família) comer pizza numa cidadezinha ao lado de Cambira, chamada Jandaia do Sul. Como é bom estar em companhia, com pessoas boas e de ótima conversa! Foi a melhor recompensa desta viagem, fato! E regressamos ainda antes da meia noite a Cambira.

No outro dia, voltando à Apucarana, fomos de lá para outra cidade, chamada Nova Itacolomi... Que cenário! As estradas "secundárias" do Paraná sempre reservam bons cenários. Lá chegando, conheci figuras ilustres da cidade - vereador, vice-prefeito. Conversamos um bocado, ouvi um monte de histórias mirabolantes de interior do PR, pra ver quem contava a melhor história (ou seja, um monte de mentiras). Muito legal!

Acabei gastando muitas palavras pra falar de pouco, masé isso. Dessa vez tirei poucas fotos (e pqp! nunca mais tiro fotos usando capacete. saem muito ruins!). mas é isso. A próxima aventura será já esses dias, em Avaré-SP.

Música do Dia - Jane's Addiction - Sympathy For The Devil (gostei desse cover do Rolling Stones)
http://www.youtube.com/watch?v=lZM5-_lpEn4

Ah! Mapinha do recorrido, partindo de Apucarana

http://goo.gl/maps/MzzZW

Cambira





Nova Itacolomi e o Ovídio!






segunda-feira, 1 de outubro de 2012

aaaahhh Apucarana...

Olá!

Fazia tempo que não postava nada aqui. Mas não por abandono, mas porque depois da jornada a Foz do Iguaçu, n coisas se passaram - Luciralda quebrou, prova da ANPEC, dissertação, papers pra escrever, ECOPAR, falta de capital financeiro (ou minha curva de restrição orçamentária estava muito perto da origem, e não me permitiram alcançar um alto grau na minha função utilidade, hehe)... que acabou o tempo passando.

Enfim, dessa vez farei um post um pouco diferente, pois não terá emoção nem aventura, mas sim um relato de uma viagem sem compromisso. Começando então... Tive o Agosto do desgosto, e havia decidido que esse não seria o "Setembro Negro", mesmo com tantas adversidades, deu saudade de casa, insônias de quase 2 dias, briguei com a pessoa das que mais estimo aqui no Paraná. Mas mesmo assim, procurei manter o ânimo da melhor maneira possível, afinal, poderia ser muito pior! haha. Por isso, no fim do mês, decidi fazer duas coisas - combinar uma cerveja com os amigos do mestrado, e resolvi ir visitar o Artur na casa dele, em Apucarana!

Aaahh Apucarana... o que dizer dessa cidade. Excepcional! Foi nessa cidade, na famigerada franquia "Kikoxinha", onde comi um salgado de ovo cozido! Foi lá onde vi paradas de ônibus em formatos de bonés (na verdade, o "Bem Vindo à Apucarana" está escrito à frente de um boné gigante!). Foi lá onde degluti o "Marvadão", uma espécie de kit rum local (whisky + 2L de energético por 20 legais!!!), e ainda outra vez, assisti a uma espetacular partida de basquete feminino juvenil (ou mirim, sei lá!), em que jogavam as grandes equipes de "Califórnia" e "Marilândia do Sul", e o jogo só teve 6 sextas (foi 10x2 pra num lembro quem), foi lá onde bêbo cego, fui fazer xixi na linha do trem, com este passando ao meu lado, foi lá onde joguei sinuca numa mesa redonda, e etc e etc! Simplesmente um lugar mágico!

Gosto muito daquela cidade. Na casa do Artur, os pais deles são pessoas de tão bom coração, que é gostoso ficar lá num dia de domingo, vendo Faustão e videos cacetadas, só pra ficar na companhia deles. Dona Nena (mãe) sempre sorridente, e gosta de cozinhar uma boa comida, e umas parada massa (nunca comi tanta "Cueca Virada" na minha vida! ahuahuahu). Seu João, além de trocar boas ideias de fotografia - ele tem a fotografia como hobby também - é um cara que consegue tornar a ironia uma coisa não ofensiva, da maneira que ele faz as tiradas. Ele tira onda de você de uma maneira ímpar, sem de longe passar a imagem de humilhação, de denegrir. Sensacional!

Bem, no domingo fui lá, tirei umas fotos, e estou a compartilhar aqui. Passei por alguns lugares já conhecidos, e fui a alguns outros que nunca tinha ido. Infelizmente não tirei fotos na estrada. Andando por lá, fiquei espantado com a quantidade de bares abertos em pleno domingo à tarde. Artur zoou falando a verdade, que as pessoas saiam da igreja, e depois passavam no bar pra tomar uma, e piriguetear depois! huaheaihehuiaheaui

Aos poucos vou pondo as legendas nas fotos....












segunda-feira, 23 de julho de 2012

Episódio Final - Perdidos em Cascavel-PR

Olá a todos!

Estive entrentido com paper, dissertação, com Luciralda dando trabalho e tendo que ir a oficina,  volto para (finalmente) terminar os relatos dessa saga.

No post anterior, eu havia encerrado até o momento em que fomos à Argentina. Pois bem, eu ocultei a cereja do bolo, que foi a volta para o Brasil. Passamos o dia inteiro no Parque Nacional Iguazú, vendo água,  água, mais água, água e quatis. No final do dia, pegamos um bus de volta, que parou em frente a um supermercado. Entramos lá para comprar algo pra comer, logo então, Igor se rendeu aos encantos do câmbio, quando viu o preço das Quilmes (no plural mesmo, dado a quantidade de tipos - cristal, bock, lagger...). E logo pegou 3 - sendo 2 pra levar pra casa, e 1 pra tomarmos ali mesmo - mais uns alfajores pra levar pra família. enquanto isso, Mariana teve uma ideia semelhante, comprar 3 cervejas -
 duas pra tomar ali, e 1 pra levar pro albergue pra tomar mais tarde. Claro que, ela não esqueceu de comprar azeitonas como "tira-gosto". 

Enfim, começamos a tomar as cervejas ali em frente ao supermercado mesmo, algo que começou só com nós 3, logo logo a Hallie já estava ao nosso lado, o seguidamente se juntou a nós, e não foi difícil convencer a Katharina e a Gabrielle a se juntar ao grupo. Assim que acabaram essas cervejas, sem nem pensar 2 vezes, Igor já abriu as cervejas dele, e também "sem querer" as da Mariana, e começamos o "rodízio" de cerveja. Velho! Nunca vi 4 litrões acabarem tão rápido, e nesse interim, Mariana já havia entrado no supermercado pra comprar mais 3 litrões! Nem o garçom dos botecos nos Bancários, ou os garçons capixabas são tão eficientes quanto à Mariana!

Claro que, passando o dia sem comer nada, e com 9 litros de cerveja na veia, estávamos já na vibe "vamos curtir a balada aqui!", "vamo pro bar, e depois dançar!"... Até que, a Gabrielle (ou foi a Hallie?) teve a brilhante ideia de perguntar qual seria o último bus da noite. Esse ônibus saia as 19:15h, o que acabou com nossa alegria. Então, eu e a Mariana, olhamos um para o outro e pensamos a mesma coisa: "vamos CORRENDO pro supermercado comprar mais cerveja!". Numa carreira desgraçada, chegamos lá, pagamos, e na volta, pegamos o ônibus com o último passageiro embarcando.... aahhh como foi boa a sensação de "missão cumprida" de comprar a cerva!

Fomos então bebendo no ônibus, de maneira bem juvenil - sentado no fundão e falando alto. Até que, chegando na fronteira, tínhamos que saltar do bus pra apresentar os documentos na aduana argentina, mas não havíamos terminado toda a cerveja, e eu não queria ter que jogar fora. Fui então pra fila com o litrão na mão... entrei na aduana com o litrão na mão... apresentei os documentos e falei com a guardinha (que era gatinha) com o litrão na mão... e saí de lá com o litrão na mão! Consegui cruzar a fronteira bêbo e com a cerveja na mão, sem ser preso! aaaaahhhh como amo a Argentina!

O restante da volta não teve nada demais, comemos, tomamos mais uns chopes, e voltamos ao albergue.


FIM DIA 2

INÍCIO DIA 3

Bem, eu e o Igor acordamos mais cedo, pois queríamos aproveitar a manhã pra ir ao Paraguai (PY), só pra dar uma volta, no início da tarde tínhamos que pegar a estrada. Fomos tomar café da manhã, e aos poucos fomos nos encontrando - Mariana, Miller e Katharina. Depois disso começou já a primeira despedida: Do Doug e da Carol, casal que veio gaúcho, que assim como nós, vieram de moto, e que estavam no albergue. Nós sempre conversávamos de manhã, e o engraçado que era uma conversa gostosa e que saía natural. Mas o contato está feito, e anseio encontrá-los o quanto antes em Porto Alegre, pra comer carne e contar/ouvir histórias! Segue abaixo as fotos





Todos ainda meio sem destino, sem saber o que fazer, uns pretendiam voltar a Argentina, outros dar uma volta por Foz mesmo... No fim das contas, depois quase 11 horas, a Hallie acorda (não lembro o que sucedeu com a Gabrielle, só sei que em algum momento ela apareceu), e acabamos todos novamente juntos, para irmos ao M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O PY. Pegamos um trânsito infernal na ponte, e cruzamos a fronteira (ah, Igor e Katharina saltaram antes da fronteira, pois Katharina tinha que coisas a resolver na aduana brasileira).

Saltando no incrível PY, eu vi os rostos boquiabertos e pasmos da Gabrielle e da Hallie. Acho que a melhor maneira de se descrever a reação delas é como uma criança, ou uma pessoa que nunca viu o mar, e vai à praia pela primeira vez, seria algo bem assim. A Gabrielle logo pegou a câmera, e começou a filmar a movimentação do PY - motociclistas sem capacete, levando 3 pessoas e um aparelho de tv, vans e mais vans com pessoas e mercadorias, vendedores de cobertores, pen-drive, meias "originais", armas de choque por todos os poros da cidade, o trânsito caóticamente caótico, com 3 carros numa via que passam 2... O comentário dela a respeito foi: "A fronteira do Camboja com o Laos é mais organizado!". Depois disso, meu amor pelo PY só aumentou!

Muito tempo depois, encontramos com Igor e Katharina, e fomos andar por Ciudad del Este. Rodamos e rodamos, mostrei a loja de bebidas que eu fui da última vez, mas infelizmente  não consegui achar a loja de fotografia que queria levar Igor. Mas tudo bem, depois de muito rodar, todos ansiavam parar pra comer... Falhamos em achar um lugar decente. Então eu disse: "ó, tem um lugar, meio assim, humilde, mas tem cerveja..." E os conduzi para o INCRÍVEL Kiosko Chico!!!!! Como nas fotos abaixo, o lugar é um beco, numa rua X qualquer daquela cidade, só com uma bancada pra sentar disponível, mas tinha cerveja bem gelada! Todos (com excessão deste que lhes escreve) começaram a tomar litrões e mais litrões de Budweiser. Acho que esse (mesmo eu estando sóbrio) foi um momento único entre "Os Sete", pois era a constatação de que, não importa o lugar, mas as pessoas que estão contigo. Da mesma alegria que falo desse momento, vem a tristeza, pois foi nesse momento que tivemos que nos despedir. Foi realmente triste, pois ficou uma sensação de vazio, de muitos momentos que deveriam ser vividos a ser preenchidos... infelizmente ficará pra um outro momento de nossas vidas. Mas o que mais importa é que esse laço dos "Sete" será pra sempre!














Bem, regressando do PY, pegamos outro trânsito, e quando pretendíamos sair as 16:00h, só conseguimos sair as 18h. Fomos rumo à Cascavel-PR. Lá íamos "surfar" no sofá do Tulio (quem for do Couchsurfing vai entender o que estou dizendo). Sobre o Tulio, a melhor descrição que posso dar pra ele é "um cara 20"! Extremamente gente boa, atencioso, e principalmente, bom apreciador de cachaça (um tipo raro aqui no PR). Felizmente ele deve pousar por aqui em Londrina agora em agosto, assim poderemos apreciar uma Triunfo que tenho guardada aqui!

Mas pra chegar até a casa dele, pqp! Foi f.!! Depois do que passei, investirei num smartphone com GPS (menos o que Cado(!) tem, que nos fez ficar perdidos em Campina Grande-PB, mas é uma outra história...) Lembro bem das recomendações do Tulio - pela estrada, peguem a primeira entrada pra Cascavel, vocês vão cair na Av. Tancredo Neves, uns 2 km adiante, você verá a entrada da minha rua... Instruções simples! Bem... a primeira placa "Cascavel =>" eu entrei. Fomos parar num bairro x qualquer, que tinha tudo, menos uma Avenida. Paramos pra pedir informações, o cara disse: "pegue essa rua, siga o fluxo, cruze o viaduto, primeira a esquerda, e vocês vão parar na Av. Tancredo Neves". Mais instruções simples... fomos seguindo indo indo a vibe, nada do viaduto até que a rua acabou!!! fizemos o trajeto de volta, e achamos algo que parecia ser um viaduto (mas tinha que entrar numa rua lá), cruzamos, primeira a esquerda... outra rua sem saída! pqp! fomos seguindo a vibe... a rua também acabou! Estávamos na marginal com a BR, então decidimos voltar tudo (o uns 4km creio eu), voltar pra BR, e entrar em Cascavel por outra entrada mais adiante.

Fizemos isso, e era um lugar mais aprazível, tinha uma avenida, movimento - logo pensamos: FINALMENTE ACERTAMOS!". Seguimos então até um posto de gasolina, reabastecemos e perguntamos novamente como se fazia pra ir a famigerada Av. Tancredo Neves. O cara explica: "Vocês tem qeu voltar por onde vieram, pegar a marginal, e entrar a direita". Nunca um PQP veio à minha mente. Pois havíamos passado diversamente pela entrada da Avenida. Sendo que, não era a primeira à esquerda, como havia dito o carinha lá, e sim a SEGUNDA a esquerda. No final, conseguimos achar o endereço, e de tão cansados e famintos, recusamos o convite do Tulio de ir a Cachaçaria Água Doce. Mas posso dizer veementemente, como

No outro dia (já dia 04), acordamos cedo, tava um frio e chuva da p., Luciralda não quis pegar (de tanto eu tentar, descarregou a bateria), mas por sorte, o Tulio tinha cabos pra fazer uma chupeta. Então, pra finalizar com chave de ouro, regressamos no frio e na chuva (torrencial), chegando em Londrina pelo meio da tarde, sujo de barro e famintos. Dando tempo só de tomar um banho, comer algo, pra levar Igor ao aeroporto...

Bem, aqui encerro os relatos da jornada "A Fossa em Foz". Fazem 01 mês e meio desde então, e sigo parado em minhas aventuras. Creio que voltarei a escrever em breve, mas talvez com uma viagem curta, creio que o próximo destino será Apucarana-PR, agora em agosto. Darei notícias!

Música do Dia: Neil Young - Hey Hey, My My
http://www.youtube.com/watch?v=tY5x8pF512k