segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Viagem de Ano Novo, Avaré / Carlópolis - Última Parte

Olá!

Finalmente vou terminar os meus relatos dessa última viagem! Ufa! Até eu estava agoniado pra saber quais são as palavras que sairão desta cachola, huahuahauhauhau. (ou se Liana Bohn - adoro esse sobrenome!  - não ficar levantando discussões sobre o teste de Jarque-Behra pra normalidade dos resíduos,  ou falando coisas alegres e coloridas e felizes e alegres e fofas e coloridas e felizes... heheh, mas mesmo assim, "sou uma bênção em sua vida" (BOHN, L.2013)). Vamos lá!

Horas antes de sair de Avaré, dei uma olhada no "maps", pra saber a trajetória pra Carlópolis. Acho que a primeira coisa a desviar do que havia planejado começou aí, pois muito queria ter perdido uma hora na cidade de Piraju-SP, terra de pessoas sensacionais, a citar: a Mariana, a Carla e o Gabriel. Mas o maps apontou que o menor caminho seria passando por cidades como Itaí > Taquarituba > Taguaí > Fartura > Carlópolis. Enfim anotei isso num papel e fui! Afinal, iria economizar uns 30km.

A viagem estava muito tranquila, poucos caminhões na pista, tempo bom... estava tudo indo bem. Até que antes de chegar em Taquarituba, vi logo um sinal de mau agouro - que é o tal do Fiat Uno de cor verde musgo, ou gol bola branco. Sempre que eu vejo um, eu sei que a frente vai ter um comboio, ou um fdp que não anda, ou um outrro que só anda cortando, ou aquele que mais odeio, o desgraçado que fica km´s e mais km´s atrás de mim, e não decide se vai passar, ou se fica. Não, tem que ficar atrás de mim! Mas o mau  agouro foi O MAU AGOURO, pois foram dois ao mesmo tempo (Fiat Uno verde + Gol Bola Branco). Eis o que me acontece: perco a placa a direita que me levaria a Taguaí, e fui uns 10 km em direção a Itapeva (terra do Rodrigo Klocker), e vi que havia algo errado. Até que paro no posto, e me informo que tenho que voltar até Taquarituba e pegar uma outra rodovia...

Ah! Mas o mau agouro não acabou aí, nonononon! Estava eu tranquilo, afinal, só 10km não doem tanto. Mas é de mim que estamos tratando, o negócio tinha que doer! E doeu de sair lágrima de canto de olho, quando vi a rodovia que vai em direção à Taguaí e Fartura........ PQP! M.5$@#%$%$ mais esburacada, maltratada! Nem jumenta véia era tão destratada como aquilo! Já vi estrada de terra melhor que aquilo! Imoral! Fui a viagem toda tenso (pra não dizer com o "fiofó contraído"), com medo de pneu estourar, ou de não conseguir desviar de um buraco grande e meter a fuça no chão / arranhar Luciralda. É com segura certeza que lhes digo que nunca tive medo de ficar em cima de uma moto. Mas eu estava lá, e tinha a grande cautela ao meu lado. Viajei como que uns 70km a 60km/h (80km/h quando a coisa ficava menos pior) e assim fui, e fui, e fui... Toda placa de sinalização que era virada ao contrário (ou seja,, praqueles que vem em sentido contrário) era pixado com algo do tipo "Rodovia do Abandono", "PSDB nos excluíu", "cadê DNIT? Cadê o governo?", e assim ia. Passei por Taguaí, e a coisa não melhorava. Por Fartura, até que em alguns momentos a "fartura" chegou na estrada, mas nada demais, que fosse me trazer conforto, segurança e um sorriso na cara...

Km´s adiante, uma visão muito me alegrou a minha alma fossuda. Chego num trecho de estrada, que era de descida, e numa curva deu pra ver adiante a ponte da divisa dos estados de SP / PR. Que sensação de alívio foi aquilo! Mas melhor ainda, muitíssimo melhor, foi cruzar aquela ponte (que assim como a estrada, também tá zoadinha), e chegar no Paraná... aaaahhhh Paraná! Recebendo-me de braços abertos, de pista bem tratada, e de estrada com árvores floridas (me arrependi de não ter tirado fotos destas árvores, mas segue abaixo algumas fotos).






A seguir foi logo quando cruzei a fronteira!





No Paraná, tudo voltou aos conformes, e tudo que um fosseiro de estrada necessitar ter. Boa paisagem, boa estrada e um espetacular destino para rumar. Carlópolis é a cidade de uma enorme amiga minha - a Karla. Nos primeiros dias do ano passado fui visitá-la, assim o fiz esse ano e provavelmente vou fazer muitas outras vezes. Cidade pequena, mas de pessoas que sempre me acolhem muito bem. A mãe da Karla me preparou um jantar delicioso e sempre sorrindo, o pai dela, o Miguel, é o tipo da pessoa que ficamos triste quando se tem que acabar uma conversa com ele, e a Karla? Pessoa que mais briguei na minha vida, mas mesmo assim, é das pessoas mais doce e adorável que se pode conhecer. Fiquei uma noite por lá, e parti de volta pra Londrina (não sem antes poivar um café na mãe da Karla, hehe) - segue abaixo algumas fotos de Carlópolis


(não podia deixar de pôr esse peculiar lugar, hehehe)






Partindo de lá, posso dizer que cheguei no ápice de minha viagem de moto. Primeiramente, não vi nenhum Gol bola branco, tampouco Fiat Uno verde. E outra, eu peguei um caminho totalmente randômico, quer dizer, sabia por onde ir, mas resolvi adotar uma sugestão de uma lojinha de conveniência de beira de estrada... A MELHOR COISA QUE FIZ. Eu tinha em mente de ir por Andirá, mas o cara sugeriu que, chegando em Santo Antônio da Platina, fosse pra Ribeirão do Pinhal, depois pra Nova Fátima, seguindo então pra Cornèlio Procópio, e Londrina. CARA! O trecho de estrada entre Rib. Pinhal e N. Fátima foi simplesmente o mais lindo, espetacular, sensacional e mágico que já peguei com Luciralda! Eu já sou realizado pelas minhas viagens por ai, mas essa foi muito além dessa minha realização. Foram 70km de uma paisagem espetacular, estrada impecável, com curvas e retas, subidas e descidas na proporção perfeita! Eu não viajando de estrada com uma moto, nononon, eu tava flutuando num tapete mágico, só aproveitando a sensação de simplesmente... viajar! Fui o caminho todo sorrindo, emocionado de tão feliz! Que sensação! Quero sempre poder voltar a fazer tal percusso, de aproximadamente 70km. Perfeito. Eis umas fotos abaixo







 Eis o final em Nova Fátima




Depois daí, aconteceu mais uma desventura (depois da perfeição, o coice né? Ahhh coisas que só acontecem com Dimitri Bessa), mas abstrairei pra não cortar o barato do último parágrafo. Mais uns 100km chego em Londrina. Antes de sair de Carlópolis, estava muito na fossa, já que depois de  "dias e dias viajando, com tantas pessoas legais, tantos lugares novos, e tantas amizades que, embora exista a tristeza de que pouco vou vê-los, mas tenho o privilégio de conhecê-los". Mas estava chegando e não ter ninguém me esperando. Ninguém da família, uma "mulé", ou amigos antigos que me conhecem bem pra compartilhar essas histórias e experiências (não é a toa que existe o "Fossa na Estrada", hehehe). Alguém pra chamar de irmão, pai, amor, ou mesmo de "seu mizera". Esse é uma das coisas que me passava sempre que viajava. E por que digo isso no pretérito imperfeito? Porque depois desses 70km acima relatados, eu dei um belo de um F.%w#$%t-SE pra isso. Desde sempre fui assim, de no final acabar sozinho mesmo, e não sei viver diferente, nem tampouco consigo me imaginar diferente. Sei que tenho amigos de verdade, e uma família que mesmo estando longe, torcem e pensam o melhor por mim. Então basta eu viver tudo isso e pronto. Cheguei aqui sorrindo como a tempos não sorria, e satisfeito com esse meu destino e minha vida de "fosseiro". Como isso foi bom, isso de ficar de alma leve! Fui no Armazém do Café, tomei um clássico sozinho, que café gostoso da p.! E assim se encerrou esse capítulo do "Fossa na Estrada".


Segue abaixo o link com o recorrido desde Avaré / Carlópolis > Carlópolis / Londrina

http://goo.gl/maps/n0bGD
http://goo.gl/maps/Ek9xS

É com um misto de satisfação e tristeza que digo que esse será um dos últimos destinos partindo de Londrina. As próximas desventuras serão agora em Floripa. (a fossa agora vai descer pra SC! hihihihi). Nosso próximo encontro então será a minha mudança do PR pra SC, agora depois do carnaval. Até lá!

Música do dia: John Butler - Ocean (créditos a João Neto por ter me mostrado)
http://www.youtube.com/watch?v=jdYJf_ybyVo

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