sábado, 9 de março de 2013

A Fossa rumo Santa Catarina

Olá a todos!

Faz um tempinho que devo essa postagem aqui, afinal de contas, tem quase 20 dias que fiz essa jornada, e quiçá alguma coisa deva se perder em minha cabeça. Mas pra escrever aqui, tem que ter inspiração, coisa que não tinha a dias! (correria de doc, achar lugar pra morar... enfim, temas externos ao Fossa na Estrada)

Começando... Essa viagem de certa maneira é um marco pra mim, pois eu novamente estava de mudança, pra uma vida nova, conhecer pessoas novas, em outra cidade, e claro, iria tomar estradas nunca antes percorridas! Esse ano irei perambular por um novo estado, com novas paisagens e novas aventuras! (poutz, tô usando muitos "novos e novas" nesse parágrafo, mas acho que a sensação de mudança é essa mesmo - novo!). Todavia, é de mim que estou falando, ou seja, tal transição iria se dar de maneira dolorida. E assim o foi...

O princípio disso foi antes mesmo da jornada começar. Um dia antes, eu fui a Apucarana (aaahhh Apucarana), pois queria me despedir do Artur e família, rever o pessoal por lá, além de já começar a viagem pela BR. Contudo, antes de sair eu esqueci de fechar um dos bolsos de minha mochila, além de não tê-la amarrado direito em Luciralda, daí em Arapongas (meio do caminho), percebi a me$%¨$#, parei, e vi que o meu HD externo não estava mais lá (ainda bem que, na ínfima possibilidade daquilo ter sobrevivido a queda e tráfegos de caminhões, não haviam fotos / videos comprometedoras de minha parte, hehehe). Com isso perdi uns papers importantes, e umas fotos que nunca mais vou rever (p. ex. as da minha colação de grau). Em Apucarana, já cheguei a noite, e não fiquei muito, já partindo no outro dia de manhã cedinho (segue abaixo uma foto minha com o Artur fardado! hehehe).


Parti de Apucarana as 09:00h, e fui por um trecho de estrada espetacular em Mauá da Serra! Cheio de curvas e descendo a serra, pena que não dava pra parar e tirar fotos, por falta de acostamento. Mas pouco depois a desgracera já ia de começar... Sabe-se lá o que se passou nessa minha cabeça estúpida, de sair de uma estrada duplicada, e já sabendo que era só pegar reto até Curitiba, e entrar numa estradinha mixuruca, simples e cheio de carros! Por que fui pensar que Faxinal era a meio caminho de Curitiba? Por que meu deus? Por que Izaque??? Fui perceber muito depois que isso iria dar em me#%¨$¨, e fiz a volta. Resultado, um desvio de 35km de meu caminho...

Claro, como diz o grande artista Rei do Cabaré "é pra doer!!! é pra torturaaaarrr!" (quem quiser ouvir, me peça que eu passo tamanha pérola), não parou por aí. uns 200km adiante, já pertinho de Ponta Grossa, eu paro num posto pra abastecer, e... começa a chover feio - Pingos Grossos e chuva rente. Fico então parado esperando. Até que chega um outro indivíduo, assim como eu - de moto e cheio de coisas amarradas, mas indo em sentido contrário ao meu e logo começamos a conversar. Era o Zé Firmino ("Bicho Bruto!"), e estava indo pra... pra... errr, huh... não lembro o nome da cidade dele, mas era no Mato Grosso, e ficava a 500km de Cuiabá, sentido a Goiás. Por ironia do destino, ele estava vindo de Florianópolis! Trabalhava como garçom na alta temporada, e estava voltando pra casa (ou seja, nem cheguei na cidade, e já fiz os contatos mais decentes possíveis! hihihi). O caba ia viajar por mais 2 dias numa CGzinha até chegar no destino dele. Havia perguntado quanto tempo ele viajou até ali, e ele me disse que umas 6 horas, e indo de boa. Muito isso me alegrou, pois chegaria ainda de dia em Floripa.


Mais ou menos uma hora e meia depois, parado lá e papeando com o Zé, a chuva para de cair, e no horizonte o céu se abriu lindamente. Ainda desconfiado espero uns 10 min, e a nada de chuva. Então resolvemos partir - cada um pro seu destino - com a promessa de tomar uma cerva (free) nesse verão! E claro, depois do papo, a dor voltaria. 5.1km depois, começa a chover!!! PQP, DE ONDE TAVA VINDO AQUELE HORROR DE ÁGUA????? Não tava entendendo, o horizonte o céu tava limpo, e olhei pro retrovisor, o céu atrás de mim estava limpo também, e onde infernos vinha aquela água? 20 km depois acho um posto pra parar, e daí me enxugo, tiro os 2L de água da bota, e dou um suspiro que as minhas roupas na mochila não estavam (tão) enxarcadas. E então analiso a situação... sem nuvens atrás de mim, sem nuvens na minha frente. Daí olho pra cima...Uma nuvem preta dos cão, despejando todo o rancor bem na minha cabeça! Não acreditei! Era pain demais, até pra um fosseiro de vida como eu! Esperei mais umas meia hora, e a chuva deu trégua. Uns 30km adiante, cheguei na parte sem nuvens que tanto via a minha frente, resolvi parar e registrar esse contraste, pra que ninguém duvide de minhas palavras:

(Frente)

(Trás)

Bem, pensei eu, inocentemente que tudo que era porcaria já teria acontecido, e que depois seria só alegria. 
Mas claro, foi começando as tosquices - tinha um Tucson Pretodo Mal, de São José dos Pinhais, que depois da chuva, sempre vinha me seguindo. Era incrível! Eu deixava ele passar sempre, mas do nada, ele parava, e quando olhava no retrovisor, LÁ ESTAVA ELE! Era muito macabro aquilo. E quando ele passava, ele demorava pra ir embora, ficava ali na minha frente, com aqueles farões de olhares do mau! Foi assim até chegar em Curitiba!

Nossa, em Curitiba, fui o caminho empolgado em chegar na região de serra, que fica na divisa entre os estados, pra distrair a cabeça das dores da viagem. Doce ilusão! Logo que chego na BR 101, um trânsito miserável! 35km de trânsito parado! Obras de pista de m$#%#$!!! E pior, essa estrada só tinha caminhão!  Era muito, mas muito, muito caminhão! Mais caminhão que carro (acho que a galera esperta do carro deve pegar outra estrada, pois os carros que tinham, a grande parte tinham placas estrangeiras - ARG, URU e PY). Desviando os caminhões, aquele bafo e calor que exala deles, acabou me secando todo (e como disse, eu havia enxarcado muito antes), acabei ficando perito em cortar os carros no trânsito!

Mas a "cereja do bolo da fossa" ainda estava por vir. Percebo que Luciralda estava com estabilidade zero, então resolvo parar, pra tirar umas fotos (inclusive a do tráfego de caminhões, pra mostrar pros senhores), e vejo que... o pneu traseiro FUROU! Estava eu, no meio do trânsito, e com o pneu furado! Penso então em rumar a 20km sentado no tanque até um posto, e tentar achar um borracheiro, aaahhh essa doce ilusão! Não se tem como conduzir uma Shadow com pneu furado. Andei 1km, e vi que se continuasse, iria ralar no asfalto. Paro em frente a uma obra, e peço ajuda ao segurança, e logo me indica o tel da concessionária da estrada! Pela primeira vez fiquei feliz em ter pago pedágio em minha vida! Ligo e logo chega um guincho. O cara mais mal humorado da vida. Logo diz: posso te deixar na borracharia, mas se tiver fechado, vais ficar na divisa do estado. Pergunto se não teria um posto por perto, pra testarmos um pneu, mas ele logo diz: "se for pro posto, fica lá". Resolvo tentar o borracheiro. 

E lá se vai o meu desejo de cruzar a serra com Luciralda. O faço dentro de uma cabinezinha de um guincho, numas cadeirinhas que parecem acento de Setusa. Cenário fodástico, de nuvens nas montanhas, mas situação broxante.

E assim começa a dor. Paramos num borracheiro. O cara olha pra moto, chama um segundo elemento, que chama um terceiro, que olha, e olha , e olha.... 3 minutos olhando só pra dizer "troco isso não". Então o cara do guincho diz que tem mais um outro por perto. E lá fomos... borracharia bonitinha! Tinha uma roda d'água na frente! Mas o cara olha, e logo diz que não troca! Penso: "fudeu! vou dormir num posto da PFR da fronteira. Então converso com um cara, pergunto se não há uma cidadezinha por perto. Ele  para, fala algma coisa pelo rádio, e diz: "cara, não costumo fazer isso, mas fui com tua cara! Vou te deixar na cidadezinha deposi da fronteira. Lá tem uma borracharia decente..." dito e feito. Uma hora depois, ele me deixa lá, e tem um santo borracheiro salvador, que conserta (e sem cobrar caro!). Daí peguei a estrada direto, e cheguei finalmente em Florianópolis! (pretendia chegar lpa as 17h, chego as 22h).

Ah! E pra ter uma last pain. Antes de chegar na casa do Luiz Fernando (meu host aqui em Floripa, fiquei uns dias na casa dele, e nos conhecemos pelo Couch Surfing), eu peguei uma rua errada, e entrei numa becada com o asfalto sujo de areia e cascalho, resultado = fui parar na chón! Cheguei na casa dele atrasado, ferido, queimado (de sol), sujo e faminto... e fui deveras bem recebido na casa dele! Que pessoas espetaculares, o Luiz (um irmão e companheiro de Heineken que ganhei aqui), a Clarissa (gente hiper, mega, espetacularmente fina!) e o Victor (que fez o melhor macarrão de Floripa! hahaha).

Já falei demais por hoje. Segue abaixo algumas fotitas, o recorrido a a música do dia!

E ah! Passarei um tempo de molho, mas esse ano estive discutindo umas ideias de destinos, viagens e interação com vocês leitores com a Renata Valentini, vai vir coisa bacana por aí (bem provável que vocês escolham isso, mas os manterei informados).

adioz.........

Trânsito de Caminhões

Pneu furado (joguei fora a p. do prego!)

Fim de tarde na Borracharia

Cena Horrível de Luciralda!

Cena fora do contexto - Raditz (a gata daqui), participando do novo post, hehehe

Recorrido (sem o desvio)
http://goo.gl/maps/CAM0I

Música do dia: Molly Hatchet - One Last Ride
http://www.youtube.com/watch?v=xZbAY1kqq00



segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Viagem de Ano Novo, Avaré / Carlópolis - Última Parte

Olá!

Finalmente vou terminar os meus relatos dessa última viagem! Ufa! Até eu estava agoniado pra saber quais são as palavras que sairão desta cachola, huahuahauhauhau. (ou se Liana Bohn - adoro esse sobrenome!  - não ficar levantando discussões sobre o teste de Jarque-Behra pra normalidade dos resíduos,  ou falando coisas alegres e coloridas e felizes e alegres e fofas e coloridas e felizes... heheh, mas mesmo assim, "sou uma bênção em sua vida" (BOHN, L.2013)). Vamos lá!

Horas antes de sair de Avaré, dei uma olhada no "maps", pra saber a trajetória pra Carlópolis. Acho que a primeira coisa a desviar do que havia planejado começou aí, pois muito queria ter perdido uma hora na cidade de Piraju-SP, terra de pessoas sensacionais, a citar: a Mariana, a Carla e o Gabriel. Mas o maps apontou que o menor caminho seria passando por cidades como Itaí > Taquarituba > Taguaí > Fartura > Carlópolis. Enfim anotei isso num papel e fui! Afinal, iria economizar uns 30km.

A viagem estava muito tranquila, poucos caminhões na pista, tempo bom... estava tudo indo bem. Até que antes de chegar em Taquarituba, vi logo um sinal de mau agouro - que é o tal do Fiat Uno de cor verde musgo, ou gol bola branco. Sempre que eu vejo um, eu sei que a frente vai ter um comboio, ou um fdp que não anda, ou um outrro que só anda cortando, ou aquele que mais odeio, o desgraçado que fica km´s e mais km´s atrás de mim, e não decide se vai passar, ou se fica. Não, tem que ficar atrás de mim! Mas o mau  agouro foi O MAU AGOURO, pois foram dois ao mesmo tempo (Fiat Uno verde + Gol Bola Branco). Eis o que me acontece: perco a placa a direita que me levaria a Taguaí, e fui uns 10 km em direção a Itapeva (terra do Rodrigo Klocker), e vi que havia algo errado. Até que paro no posto, e me informo que tenho que voltar até Taquarituba e pegar uma outra rodovia...

Ah! Mas o mau agouro não acabou aí, nonononon! Estava eu tranquilo, afinal, só 10km não doem tanto. Mas é de mim que estamos tratando, o negócio tinha que doer! E doeu de sair lágrima de canto de olho, quando vi a rodovia que vai em direção à Taguaí e Fartura........ PQP! M.5$@#%$%$ mais esburacada, maltratada! Nem jumenta véia era tão destratada como aquilo! Já vi estrada de terra melhor que aquilo! Imoral! Fui a viagem toda tenso (pra não dizer com o "fiofó contraído"), com medo de pneu estourar, ou de não conseguir desviar de um buraco grande e meter a fuça no chão / arranhar Luciralda. É com segura certeza que lhes digo que nunca tive medo de ficar em cima de uma moto. Mas eu estava lá, e tinha a grande cautela ao meu lado. Viajei como que uns 70km a 60km/h (80km/h quando a coisa ficava menos pior) e assim fui, e fui, e fui... Toda placa de sinalização que era virada ao contrário (ou seja,, praqueles que vem em sentido contrário) era pixado com algo do tipo "Rodovia do Abandono", "PSDB nos excluíu", "cadê DNIT? Cadê o governo?", e assim ia. Passei por Taguaí, e a coisa não melhorava. Por Fartura, até que em alguns momentos a "fartura" chegou na estrada, mas nada demais, que fosse me trazer conforto, segurança e um sorriso na cara...

Km´s adiante, uma visão muito me alegrou a minha alma fossuda. Chego num trecho de estrada, que era de descida, e numa curva deu pra ver adiante a ponte da divisa dos estados de SP / PR. Que sensação de alívio foi aquilo! Mas melhor ainda, muitíssimo melhor, foi cruzar aquela ponte (que assim como a estrada, também tá zoadinha), e chegar no Paraná... aaaahhhh Paraná! Recebendo-me de braços abertos, de pista bem tratada, e de estrada com árvores floridas (me arrependi de não ter tirado fotos destas árvores, mas segue abaixo algumas fotos).






A seguir foi logo quando cruzei a fronteira!





No Paraná, tudo voltou aos conformes, e tudo que um fosseiro de estrada necessitar ter. Boa paisagem, boa estrada e um espetacular destino para rumar. Carlópolis é a cidade de uma enorme amiga minha - a Karla. Nos primeiros dias do ano passado fui visitá-la, assim o fiz esse ano e provavelmente vou fazer muitas outras vezes. Cidade pequena, mas de pessoas que sempre me acolhem muito bem. A mãe da Karla me preparou um jantar delicioso e sempre sorrindo, o pai dela, o Miguel, é o tipo da pessoa que ficamos triste quando se tem que acabar uma conversa com ele, e a Karla? Pessoa que mais briguei na minha vida, mas mesmo assim, é das pessoas mais doce e adorável que se pode conhecer. Fiquei uma noite por lá, e parti de volta pra Londrina (não sem antes poivar um café na mãe da Karla, hehe) - segue abaixo algumas fotos de Carlópolis


(não podia deixar de pôr esse peculiar lugar, hehehe)






Partindo de lá, posso dizer que cheguei no ápice de minha viagem de moto. Primeiramente, não vi nenhum Gol bola branco, tampouco Fiat Uno verde. E outra, eu peguei um caminho totalmente randômico, quer dizer, sabia por onde ir, mas resolvi adotar uma sugestão de uma lojinha de conveniência de beira de estrada... A MELHOR COISA QUE FIZ. Eu tinha em mente de ir por Andirá, mas o cara sugeriu que, chegando em Santo Antônio da Platina, fosse pra Ribeirão do Pinhal, depois pra Nova Fátima, seguindo então pra Cornèlio Procópio, e Londrina. CARA! O trecho de estrada entre Rib. Pinhal e N. Fátima foi simplesmente o mais lindo, espetacular, sensacional e mágico que já peguei com Luciralda! Eu já sou realizado pelas minhas viagens por ai, mas essa foi muito além dessa minha realização. Foram 70km de uma paisagem espetacular, estrada impecável, com curvas e retas, subidas e descidas na proporção perfeita! Eu não viajando de estrada com uma moto, nononon, eu tava flutuando num tapete mágico, só aproveitando a sensação de simplesmente... viajar! Fui o caminho todo sorrindo, emocionado de tão feliz! Que sensação! Quero sempre poder voltar a fazer tal percusso, de aproximadamente 70km. Perfeito. Eis umas fotos abaixo







 Eis o final em Nova Fátima




Depois daí, aconteceu mais uma desventura (depois da perfeição, o coice né? Ahhh coisas que só acontecem com Dimitri Bessa), mas abstrairei pra não cortar o barato do último parágrafo. Mais uns 100km chego em Londrina. Antes de sair de Carlópolis, estava muito na fossa, já que depois de  "dias e dias viajando, com tantas pessoas legais, tantos lugares novos, e tantas amizades que, embora exista a tristeza de que pouco vou vê-los, mas tenho o privilégio de conhecê-los". Mas estava chegando e não ter ninguém me esperando. Ninguém da família, uma "mulé", ou amigos antigos que me conhecem bem pra compartilhar essas histórias e experiências (não é a toa que existe o "Fossa na Estrada", hehehe). Alguém pra chamar de irmão, pai, amor, ou mesmo de "seu mizera". Esse é uma das coisas que me passava sempre que viajava. E por que digo isso no pretérito imperfeito? Porque depois desses 70km acima relatados, eu dei um belo de um F.%w#$%t-SE pra isso. Desde sempre fui assim, de no final acabar sozinho mesmo, e não sei viver diferente, nem tampouco consigo me imaginar diferente. Sei que tenho amigos de verdade, e uma família que mesmo estando longe, torcem e pensam o melhor por mim. Então basta eu viver tudo isso e pronto. Cheguei aqui sorrindo como a tempos não sorria, e satisfeito com esse meu destino e minha vida de "fosseiro". Como isso foi bom, isso de ficar de alma leve! Fui no Armazém do Café, tomei um clássico sozinho, que café gostoso da p.! E assim se encerrou esse capítulo do "Fossa na Estrada".


Segue abaixo o link com o recorrido desde Avaré / Carlópolis > Carlópolis / Londrina

http://goo.gl/maps/n0bGD
http://goo.gl/maps/Ek9xS

É com um misto de satisfação e tristeza que digo que esse será um dos últimos destinos partindo de Londrina. As próximas desventuras serão agora em Floripa. (a fossa agora vai descer pra SC! hihihihi). Nosso próximo encontro então será a minha mudança do PR pra SC, agora depois do carnaval. Até lá!

Música do dia: John Butler - Ocean (créditos a João Neto por ter me mostrado)
http://www.youtube.com/watch?v=jdYJf_ybyVo

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Viagem de Ano Novo, Avaré / Carlópolis - Parte II

Olá!

Eis que estou novamente aqui. Afinal, comecei os relatos, hei de terminá-los! (terá ainda uma "Parte III") - tenho que aprender a resumir as coisas, e escrever tudo num post só, assim não canso a vocês que leem o "Fossa na Estrada", hehe

No primeiro dia deste ano, acordei às 12h da madrugada (na verdade a Sara quem bateu na porta, hehe), dado que as atividades na casa do Juninho já deveriam ter começado. Nos preparamos, comemos o melhor pernil do mundo - feito pelo pai da Sara (que negócio gostoso da p.!), e fomos no Juninho... Minha nossa ! Como tinha gente naquela casa! E tudo gente boa! Eles fizeram um amigo secreto que poutz, nunca vi tanta gente participar desta brincadeira na minha vida! (confesso que além de unidos, eles tem uma organização incrível! hehe). Nessa tarde, aconteceu algo que muito me deixou feliz, e me fez pensar um monte. Numa das brincadeiras, a Sara organizou uma, em que havia um só presente, e que se repassava-o àquele que tinha uma determinada qualidade - ex. pessoa de muita fé, inspiradora, inteligente, bonita... . E eu tava lá de boa, tirando fotos, quando veio a qualidade de pessoa "amiga", e a tia Gina, que estava com o presente em mãos, e imediatamente me repassou. Nossa, como fiquei confuso / feliz naquele momento!

Bem, mas como sempre falo, se não tiver algo dolorido em minha vida, é porque não aconteceu, é uma mentira, ilusão, ou o que seja! haha. O Juninho e a Sara, desde que nos conhecemos, falavam muito da famigerada esfirra de Avaré, pois em lugar nenhum havia esfirras como as esfirras de Avaré. As esfirras de Avaré eram as mais gostosas, as maiores, as mais diversificadas e ainda as mais baratas! Eu muito estava curioso e ansioso pra degustar as esfirras de Avaré, então resolvemos ir comer as esfirras de Avaré. No dia 1-jan, todas as esfirrarias da cidade estavam fechadas, até que achamos uma que estava aberta, de nome "Santa Esfirra", e lá entramos. Bom, o cardápio realmente faz jus ao que tanto me falaram (segue a foto abaixo)
(detalhe, ainda tinha o "outro lado")

Mas logo veio a parte dolorida - a esfirra sairia em 40 min. "Uma esfirra sair em 40 min? No Habbib´s sai em 40 s!" Mas tudo bem, afinal, era a única que estava aberta, e eu planeara regressar no dia seguinte. E 40 min depois nada... 1:20h nada.... Resolvemos falar com o gerente. Em 10 min. sairia.... nada. + 10... e nada! Chegou ao cúmulo do gerente se esconder de nós, e na verdade só esperamos esse tempo por conta do filho da tia Gina, que muito estava com fome. Acabou que pegamos uma esfirra X qualquer, só para a criança mesmo, que já estava chorando de fome, e fomos embora sem o nosso pedido - com fome e irritados.

Também sai desiludido, pois não comeria as esfirras de Avaré! Mas São Pedro ajudou nesse quesito, dado que no dia seguinte, na hora que eu pretendia viajar, recebo um telefonema da minha amiga em Carlópolis, dizendo que no PR estava chovendo muito. Então minha estadia em Avaré foi prolongada, e pude finalmente comer as esfirras de Avaré! Comi 7 esfirras - de bacon com parmegiana, de pernil com num sei o que, de baiana, de carne seca...e nunca pensei que a melhor de todas foi a "esfirra portuguesa"! (sim sim, como a pizza!)

Mas o melhor nesse dia foi o final dele, que foi inesperado. A tia Gina, que também nos acompanhou na esfirraria (dessa vez o filho dela deleitou-se em esfirras, hehe), nos convidou pra bater um papo na casa dela. Lá chegando, ela foi muitíssimo bem receptiva, e o Jorge, marido dela, estava lá. E conversa vai, conversa vem, até que chega o ápice da conversa: Cerveja e Cachaça! Logo foi me servindo um copo de cerveja, e indo pegar as "n" garrafas de canas preparadas que ele tinha em casa! aaaaaaaaaahhhhhhhhhhh que ALEGRIA! Era boa conversa, e uma lapada de cana. Uma cervejinha e tome mais cana! Vai mais uma preparada que tá na garrafa desde 1997! Tome mais essa que trouxe de num sei aonde! E vai mais outra da "reserva pessoal" (um barrilzinho de carvalho). Que noite! Cachaça + boa companhia + excelente conversa, que mais eu necessitaria?

 Segue abaixo algumas fotos desses dias em Avaré!

D. Maria (anfitriã incrível, e mãe do Juninho nas horas vagas, hehe), eu, Juninho e a Sara.






(vai quebrar a concorrência de "1,99"!!!)



Essa é a esfirra de Avaré, mas não sei porque, tinham 20 esfirras difrentes na mesa, por que eu tenho que tirar a foto da mais simples??? #dor #fossa #creolina



Acabou a noite, e no outro dia rumei de volta ao Paraná, rumo à Carlópolis... Mas deixarei pra relatar a parte final de minha viagem uma próxima vez (repetindo, não quero deixar os posts muito longos!)

Até a próxima!

Música do Dia: 
Black Strobe - I´m a Man (http://www.youtube.com/watch?v=LbPRGDwlfqs)


sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Viagem de Ano Novo, Avaré / Carlópolis - Parte I

Olá a todos!

Nossa, foram tão, mas tão intensos esses dias, que nem sei por onde começar! Esse será daqueles posts em que estou com receio de esquecer de alguma coisa enquanto escrevo, pois vão aparecendo tantas coisas em minha cabeça ao mesmo tempo, mais do que a minha capacidade de escrevê-las, que acaba por passar por algo, mas nada posso fazer! Os relatos de hoje serão referentes ao dia 31-dez.

Bem, tudo começou a muito muito tempo atrás, quando recebi um convite de um grande e ilustre amigo, o Juninho, pra ir com ele pra Avaré/SP. Sempre devido as circunstâncias, nunca fui. Mas esse ano novo, sendo o meu último aqui morando no Paraná, resolvo então ir pra lá.

Saio daqui de Londrina ao meio dia do 31-dez, com muita expectativa, por dois fatores: primeiro que iria cruzar a fronteira do estado (iria conhecer novos caminhos, passar por novas cidades), e o outro era, que no decorrer dos aproximadamente 280km de estrada, eu iria cruzar a represa de Jurumirim (é bem legal o monte de água que tem no mapa! podem ver no link do recorrido mais abaixo). Estava muito nublado, mas o climatempo dizia que não iria chover... e LONDRINA. Pqp!!! Posso lhes dizer que, nas 4 horas em que passei na estrada, eu vi e senti as 4 estações do ano! Sol de escaldar, sem nuvens no céu, ou com nuvens no céu, ou totalmente nublado, ou com garôa, ou com chuva parada de pingos grosso, com chuva de vento, tudo o que vocês podem imaginar, e não necessariamente nessa ordem. Com isso, aprendi a olhar o clima que se deve olhar o clima em tudo que é canto em que se for passar!

Bem, voltando um pouco, é curioso o quanto a passagem muda quando se cruza a fronteira dos dois estados. A paisagem muda - esta passa a ter uns bambuzais gigantes na enconsta (eu pirava nos bambuzais, parei até pra tirar fotos daquilo), e plantações de eucalipto. E a outra que muda drasticamente é a pista: esta passa a ter muitas pontes, menos ladeiras e muita reta... Até quando tirei as fotos abaixo, eu estava feliz com isso... mas bastaram uns 10/15km pra eu voltar a sentir falta do Paraná. Que pista mal cuidada é o trecho entre Ourinhos e Piraju! Mas enfim, como as coisas acontecem comigo, se não doesse e gerasse fossa, então não prestava! hauhauhauhuaha.




Ah! Antes de começar a falar sobre a chegada em Avaré, não posso deixar de descrever a emoção que foi cruzar aquele monte de água no mapa! Veeeeelho!!!! Foi incrível! No interim entre a última foto (que vocês podem perceber que estava nublado), e água do mapinha, fez um sol desgraçado. Na medida que ia me aproximando da água, começou o tempo a fechar e barulhos de trovôes, muitos trovões! Quando fiz a curva, que visualizei a ponte a frente, começou a chover fraco, mas ela ia piorando ao aproximar, e começa a ventar MUITO contra mim, e eu pensava: "caraa%#@%@%, tô fud#¨%#¨¨# se estiver assim na ponte! vou sai voando quando chgar lá!". Quando comecei a cruzar a ponte, do nada a temperatura cai drasticamente, e o mais louco de tudo, naquela chuva lá, eu olho a minha esquerda, e vi uma nuvem preta, mas realmente preta, que vinha do chão até o céu, e tapava a paisagem somente em certa parte de minha visão. Pqp! Parecia um tornado aquilo! Como eu suei frio! Era lindo e assustador ao mesmo tempo! Eu no meio da ponte, olhando praquilo, com medo do car#%W$#% de que aquilo chegasse em mim. Foram os 2 minutos mais atordoantes da viagem!

Mas enfim, uns 15 minutos depois, chego em Avaré... Que cidadezinha mais bacana! A maior parte da rua é com aqueles ladrilhos hexagonais (como aqules de algumas ruas lá do Cabo Branco), as ruas todas com sentido único, e as sinalizações de trânsito, em sua maior parte, ou é um farol, ou placas de pare ou de sentido obrigatório! E só! As outras eram excessões (vi uma de Dê a preferência, e umas de lombada). E lá eu fui pra casa da Sara. Cara, como é bom ser bem recebido depois de uma viagem, ser recepcionado com alegria e boa vontade, muitos sorrisos e boa conversa! A mãe da dela, é pura simpatia! (segue abaixo uma foto com a Sara e a mãe dela - tirada no dia 03-jan). Ser levado a cozinha e comer uma ótima refeição (nossa! o pai da Sara faz tudo gostoso -  a melhor lasanha do mundo, o melhor pernil do mundo, e o segundo melhor kibe do mundo, hehehe),  Como eu fiquei feliz com isso! E como quero retribuir tudo isso! Ficará para sempre, guardado com carinho na minha memória. Depois de descansar, fomos ver a São Silvestre de lá, onde a partida e chegada era na praça da igreja matriz. Aproveitei pra tirar algumas fotos!

Eu, a D. Fátima e a Sara!






Depois da corrida, descansamos e fomos pra casa do Juninho (que é namorado da Sara), para festejarmos o Ano Novo! Duas surpresas: não pensava que iria ser tão bem recebido como quanto fui na casa da Sara (achava que seria impossível), mas fui tão quanto! E a segunda era a quantidade de gente que tinha lá! Quem não conhecesse, diria que era uma festa de bairro! E pior, o Juninho logo disse que essa não era a principal festa, que esta seria no outro dia. Que lá não tinha "ninguém". Me encanei... "COMO NINGUÉM??? HUAEIHEAUHAEUI". E o mais engraçado, eu perguntava:
 - Mas eae, tem quantas pessoas a família de vocês?
 - 59! - diziam
 - Não, mas tem o pessoal de num sei aonde;
 - ih, verdade, então deve ter uns 74;
 - Não! É mais! Tas esquecendo de fulano, cicrano...
 - Ah, então é 81;
 - Isso tudo não! Deve ter uns 65;
 - Não não! É pra lá de 90! E olhe que num sei quem tá grávida de gêmeos... (e assim ia... não cheguei num número confiável);

Era tanta gente, fui apresentado a tantas pessoas diferentes na hora, que não sabia com quem lidar! Confesso que não aprendi o nome de quase nenhuma pessoa dali. Mas conversei com bastante gente - e percebi que estou ficando velho, pois eu mais conversava com os tios do que com os primos! ehiuaeuieaehauiehauaehuie. (e mais massa que a mãe do Juninho, a Maria, logo me ensinou o caminho do freezer com a cerva! aaahhh como foi maravilhoso! hehehe). Só pra vocês terem uma ideia, todo ano eles tiram a "Foto da Família", e eu tive a honra de tirar a desse ano (e ainda saí em uma!), Vou adiantá-la aqui pra vocês!


Mas como foi gostoso passar o Reveillon com eles. Mesmo sendo sozinho, mas naquele momento senti mais confortável!

Por hoje é isso! Os dias seguintes eu postarei outra hora! Não tenho fotos do Reveillon, pois como a Fernanda Eggers me rotulou, sou o "fotógrafo preguiçoso". E realmente, quantas fotos massa eu deixei de tirar nesses dias de viagem por conta de preguiça!

Rota de Viagem - http://goo.gl/maps/kwjod

Música do Dia:
Dropkick Murphys - I'm Shipping Up To Boston
 http://www.youtube.com/watch?v=Ldf7T6TlV-o