segunda-feira, 23 de julho de 2012

Episódio Final - Perdidos em Cascavel-PR

Olá a todos!

Estive entrentido com paper, dissertação, com Luciralda dando trabalho e tendo que ir a oficina,  volto para (finalmente) terminar os relatos dessa saga.

No post anterior, eu havia encerrado até o momento em que fomos à Argentina. Pois bem, eu ocultei a cereja do bolo, que foi a volta para o Brasil. Passamos o dia inteiro no Parque Nacional Iguazú, vendo água,  água, mais água, água e quatis. No final do dia, pegamos um bus de volta, que parou em frente a um supermercado. Entramos lá para comprar algo pra comer, logo então, Igor se rendeu aos encantos do câmbio, quando viu o preço das Quilmes (no plural mesmo, dado a quantidade de tipos - cristal, bock, lagger...). E logo pegou 3 - sendo 2 pra levar pra casa, e 1 pra tomarmos ali mesmo - mais uns alfajores pra levar pra família. enquanto isso, Mariana teve uma ideia semelhante, comprar 3 cervejas -
 duas pra tomar ali, e 1 pra levar pro albergue pra tomar mais tarde. Claro que, ela não esqueceu de comprar azeitonas como "tira-gosto". 

Enfim, começamos a tomar as cervejas ali em frente ao supermercado mesmo, algo que começou só com nós 3, logo logo a Hallie já estava ao nosso lado, o seguidamente se juntou a nós, e não foi difícil convencer a Katharina e a Gabrielle a se juntar ao grupo. Assim que acabaram essas cervejas, sem nem pensar 2 vezes, Igor já abriu as cervejas dele, e também "sem querer" as da Mariana, e começamos o "rodízio" de cerveja. Velho! Nunca vi 4 litrões acabarem tão rápido, e nesse interim, Mariana já havia entrado no supermercado pra comprar mais 3 litrões! Nem o garçom dos botecos nos Bancários, ou os garçons capixabas são tão eficientes quanto à Mariana!

Claro que, passando o dia sem comer nada, e com 9 litros de cerveja na veia, estávamos já na vibe "vamos curtir a balada aqui!", "vamo pro bar, e depois dançar!"... Até que, a Gabrielle (ou foi a Hallie?) teve a brilhante ideia de perguntar qual seria o último bus da noite. Esse ônibus saia as 19:15h, o que acabou com nossa alegria. Então, eu e a Mariana, olhamos um para o outro e pensamos a mesma coisa: "vamos CORRENDO pro supermercado comprar mais cerveja!". Numa carreira desgraçada, chegamos lá, pagamos, e na volta, pegamos o ônibus com o último passageiro embarcando.... aahhh como foi boa a sensação de "missão cumprida" de comprar a cerva!

Fomos então bebendo no ônibus, de maneira bem juvenil - sentado no fundão e falando alto. Até que, chegando na fronteira, tínhamos que saltar do bus pra apresentar os documentos na aduana argentina, mas não havíamos terminado toda a cerveja, e eu não queria ter que jogar fora. Fui então pra fila com o litrão na mão... entrei na aduana com o litrão na mão... apresentei os documentos e falei com a guardinha (que era gatinha) com o litrão na mão... e saí de lá com o litrão na mão! Consegui cruzar a fronteira bêbo e com a cerveja na mão, sem ser preso! aaaaahhhh como amo a Argentina!

O restante da volta não teve nada demais, comemos, tomamos mais uns chopes, e voltamos ao albergue.


FIM DIA 2

INÍCIO DIA 3

Bem, eu e o Igor acordamos mais cedo, pois queríamos aproveitar a manhã pra ir ao Paraguai (PY), só pra dar uma volta, no início da tarde tínhamos que pegar a estrada. Fomos tomar café da manhã, e aos poucos fomos nos encontrando - Mariana, Miller e Katharina. Depois disso começou já a primeira despedida: Do Doug e da Carol, casal que veio gaúcho, que assim como nós, vieram de moto, e que estavam no albergue. Nós sempre conversávamos de manhã, e o engraçado que era uma conversa gostosa e que saía natural. Mas o contato está feito, e anseio encontrá-los o quanto antes em Porto Alegre, pra comer carne e contar/ouvir histórias! Segue abaixo as fotos





Todos ainda meio sem destino, sem saber o que fazer, uns pretendiam voltar a Argentina, outros dar uma volta por Foz mesmo... No fim das contas, depois quase 11 horas, a Hallie acorda (não lembro o que sucedeu com a Gabrielle, só sei que em algum momento ela apareceu), e acabamos todos novamente juntos, para irmos ao M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O PY. Pegamos um trânsito infernal na ponte, e cruzamos a fronteira (ah, Igor e Katharina saltaram antes da fronteira, pois Katharina tinha que coisas a resolver na aduana brasileira).

Saltando no incrível PY, eu vi os rostos boquiabertos e pasmos da Gabrielle e da Hallie. Acho que a melhor maneira de se descrever a reação delas é como uma criança, ou uma pessoa que nunca viu o mar, e vai à praia pela primeira vez, seria algo bem assim. A Gabrielle logo pegou a câmera, e começou a filmar a movimentação do PY - motociclistas sem capacete, levando 3 pessoas e um aparelho de tv, vans e mais vans com pessoas e mercadorias, vendedores de cobertores, pen-drive, meias "originais", armas de choque por todos os poros da cidade, o trânsito caóticamente caótico, com 3 carros numa via que passam 2... O comentário dela a respeito foi: "A fronteira do Camboja com o Laos é mais organizado!". Depois disso, meu amor pelo PY só aumentou!

Muito tempo depois, encontramos com Igor e Katharina, e fomos andar por Ciudad del Este. Rodamos e rodamos, mostrei a loja de bebidas que eu fui da última vez, mas infelizmente  não consegui achar a loja de fotografia que queria levar Igor. Mas tudo bem, depois de muito rodar, todos ansiavam parar pra comer... Falhamos em achar um lugar decente. Então eu disse: "ó, tem um lugar, meio assim, humilde, mas tem cerveja..." E os conduzi para o INCRÍVEL Kiosko Chico!!!!! Como nas fotos abaixo, o lugar é um beco, numa rua X qualquer daquela cidade, só com uma bancada pra sentar disponível, mas tinha cerveja bem gelada! Todos (com excessão deste que lhes escreve) começaram a tomar litrões e mais litrões de Budweiser. Acho que esse (mesmo eu estando sóbrio) foi um momento único entre "Os Sete", pois era a constatação de que, não importa o lugar, mas as pessoas que estão contigo. Da mesma alegria que falo desse momento, vem a tristeza, pois foi nesse momento que tivemos que nos despedir. Foi realmente triste, pois ficou uma sensação de vazio, de muitos momentos que deveriam ser vividos a ser preenchidos... infelizmente ficará pra um outro momento de nossas vidas. Mas o que mais importa é que esse laço dos "Sete" será pra sempre!














Bem, regressando do PY, pegamos outro trânsito, e quando pretendíamos sair as 16:00h, só conseguimos sair as 18h. Fomos rumo à Cascavel-PR. Lá íamos "surfar" no sofá do Tulio (quem for do Couchsurfing vai entender o que estou dizendo). Sobre o Tulio, a melhor descrição que posso dar pra ele é "um cara 20"! Extremamente gente boa, atencioso, e principalmente, bom apreciador de cachaça (um tipo raro aqui no PR). Felizmente ele deve pousar por aqui em Londrina agora em agosto, assim poderemos apreciar uma Triunfo que tenho guardada aqui!

Mas pra chegar até a casa dele, pqp! Foi f.!! Depois do que passei, investirei num smartphone com GPS (menos o que Cado(!) tem, que nos fez ficar perdidos em Campina Grande-PB, mas é uma outra história...) Lembro bem das recomendações do Tulio - pela estrada, peguem a primeira entrada pra Cascavel, vocês vão cair na Av. Tancredo Neves, uns 2 km adiante, você verá a entrada da minha rua... Instruções simples! Bem... a primeira placa "Cascavel =>" eu entrei. Fomos parar num bairro x qualquer, que tinha tudo, menos uma Avenida. Paramos pra pedir informações, o cara disse: "pegue essa rua, siga o fluxo, cruze o viaduto, primeira a esquerda, e vocês vão parar na Av. Tancredo Neves". Mais instruções simples... fomos seguindo indo indo a vibe, nada do viaduto até que a rua acabou!!! fizemos o trajeto de volta, e achamos algo que parecia ser um viaduto (mas tinha que entrar numa rua lá), cruzamos, primeira a esquerda... outra rua sem saída! pqp! fomos seguindo a vibe... a rua também acabou! Estávamos na marginal com a BR, então decidimos voltar tudo (o uns 4km creio eu), voltar pra BR, e entrar em Cascavel por outra entrada mais adiante.

Fizemos isso, e era um lugar mais aprazível, tinha uma avenida, movimento - logo pensamos: FINALMENTE ACERTAMOS!". Seguimos então até um posto de gasolina, reabastecemos e perguntamos novamente como se fazia pra ir a famigerada Av. Tancredo Neves. O cara explica: "Vocês tem qeu voltar por onde vieram, pegar a marginal, e entrar a direita". Nunca um PQP veio à minha mente. Pois havíamos passado diversamente pela entrada da Avenida. Sendo que, não era a primeira à esquerda, como havia dito o carinha lá, e sim a SEGUNDA a esquerda. No final, conseguimos achar o endereço, e de tão cansados e famintos, recusamos o convite do Tulio de ir a Cachaçaria Água Doce. Mas posso dizer veementemente, como

No outro dia (já dia 04), acordamos cedo, tava um frio e chuva da p., Luciralda não quis pegar (de tanto eu tentar, descarregou a bateria), mas por sorte, o Tulio tinha cabos pra fazer uma chupeta. Então, pra finalizar com chave de ouro, regressamos no frio e na chuva (torrencial), chegando em Londrina pelo meio da tarde, sujo de barro e famintos. Dando tempo só de tomar um banho, comer algo, pra levar Igor ao aeroporto...

Bem, aqui encerro os relatos da jornada "A Fossa em Foz". Fazem 01 mês e meio desde então, e sigo parado em minhas aventuras. Creio que voltarei a escrever em breve, mas talvez com uma viagem curta, creio que o próximo destino será Apucarana-PR, agora em agosto. Darei notícias!

Música do Dia: Neil Young - Hey Hey, My My
http://www.youtube.com/watch?v=tY5x8pF512k